quarta-feira, 11 de maio de 2011

Formoso Zeca Zoião.




A cidade de Caatinguinha se sentiu aliviada com o desaparecimento temporário de Zeca Zoião. O linguarudo arrumou mais uma encrenca. Levou uma surra dos diabos de Casca Grossa, vaqueiro valentão que não tolera quem ouse bulir com seus brios de macho.

Zoião diz aos quatros ventos que só fala de fatos que seus zoios veem. Se só escuta fica quieto, procura informação, e ás vezes as histórias chegam um tanto gasta que sua imaginação aguçada aumentam um tiquim.

Só que Zoião não contava com a fúria exagerada de Casca Grossa. Foi espalhar pela cidade que a muié do valentão estava de caso com o prefeito.

Jura de pés juntos que a história é verdadeira. Seus zoio que a terra há de comer, viu os dois amantes aos beijos dentro do confissionário de padre Miudim.

O home da língua ferina levou uma coça que lhe custou alguns dentes e costelas quebradas. Para se recompor e colocar o corpo no lugar teve que ir para a cidade grande. Lá os recursos são melhores, e Zeca com certeza teria mais chance de ajeitar os ossos que Casca Grossa lhe tirou do lugar.

Pena que o home dos zoio arregalados e língua ferina estava de volta a sua cidade natal. A primeira casa que Zoião visitou foi a de Formosa Maria e Bastião.

É encantado pela mulata. É pau mandado da capoeirista. Tem-lhe tanto apreço que costumam dizer que para Zoião é Deus no céu e Maria na terra.

Quem não engole essa admiração e fidelidade jamais vista, é Bastião. Para ver suas frô tem que comer na mão do alcoviteiro. Costuma até lhe fazer uns agrados para ganhar o silêncio do desgramento.

Certa vez Zoião pegou o home de Maria com a boca na botija. Foi uma confusão daquelas. Bastião implorou para o línguão seu silêncio lhe prometendo em troca mundos e fundos.

Bastião não cumpriu nenhuma das promessas e se lascou bunitim.

Zoião entregou o matuto a Formosa Maria que lhe acertou um golpe de capoeira bem no focinho. O pobre diacho acabou de cara inchada e com um dos olhos roxo.

Oxe, Zeca Zoião só fala daquilo que seus zoios veem. Como disse em confissão a Padre Miudim:"num sou home de inventá históra, só aumento os causos um tiquim de nada para convencer as vítima , e faz isso com juras eternas ao Pai do céu e da terra que tudo inxerga e tudo sabe. Intoncé sua alma tá livre de todo pecado seja ele venial ou mortal".

E, se tratando da sua musa, deusa imaculada, os seus zoio aumentam sua potencialidade e ainda enxergam mais e “meió”.

Ai, de quem ousar enganar Formosa Maria. Zoião está com seus zoio mais do que arregalado para “oiá” e agir.

Coitado de Bastião.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Formoso Galego




O galego apeia o cavalo. Traz ás costas a viola, sua companheira de todas as horas. Olha a seu redor e sente uma agradável sensação de prazer. Caatinguinha parece está a sua espera. O vilarejo é o seu xodó. Apegou-se aquelas ruelas de chão batido com suas casas pequenas e aconchegantes.

Ri de satisfação enquanto passa as mãos na cabeleireira loura tão apreciada pelo mulherio. Sem falar na força do seu olhar em que passeia sorrateiro um belo par de olhos azuis envolventes.

O corpo bem torneado , distribuído nos seus quase dois metros de altura lhe dá a imponência dos deuses do Olimpo. Só que naquele sertão bravo de homens labutadores, a presença do galego trás certo desconforto.

Nando, o famoso galego! A perdição da mulherada. Mas, pudera. Com tanta exuberância fica impossível segurar os suspiros femininos.Que o diga Bastião. Vai ser difícil segurar a sua Formosa Maria. Affe, coitado !?

Apesar dos desafetos devido a sua presença vistosa, o bonitão conquistou os moradores de Caatinguinha. O moço é conhecedor das letras.É doutor dos bichos. Ajuda a cuidar dos animais sem cobrar nenhum tostão . Problema maior é que a mulherada teima em querer se consultar com o galego de qualquer jeito.Duro é desfazer tamanha confusão.

Formosa Maria ajusta mais uma vez o vestido sob o olhar investigativo de Bastião.O homem está inquieto. A notícia da chegada de Nando lhe traz más recordações.

Sabe de suas fraquezas. Não consegue resistir aos dengos das morenas.As investidas das belezuras são tentadoras. Resultado é que sua Maria não deixou barato tanta pulação de cerca. Acabou se envolvendo logo com o bonitão da capitá. Eitá galhada feia!

Nando pega a viola e dedilha os primeiros acordes. O bar do compadre Onório está repleto. A mulherada se espreme para ouvir o moço. Os suspiros são notados quando a voz do bonitão invade o local. Um burburinho masculino se faz ouvir por alguns instantes para silenciar após reclamação de comadre Serena, plenamente apoiada pelas ouvintes afoitas!

O silencio do local é quebrado pela entrada triunfante de Formosa Maria.A mulata com seus olhos verdes fascinantes provoca cochichos despeitados na ala feminina. Ciente de seus atrativos, Formosa desfila, remexe as cadeiras propositadamente.

Nando olha, ri....,.....gosta! -“Nossa...que tentação de mulata...”- pensa enquanto lança um acorde mais vibrante em sua viola!

Bastião toma mais um gole de pinga. Compadre Onório, solidário, fala-lhe com seu sotaque português carregado

- Pós, pós, Compadre Bastião, não te apoquentes,vá a se divertir homem!

Bastião lança-lhe um sorriso amarelo. Sabe que o amigo apenas tenta lhe aliviar a pressão do momento.

Compadre Onório continua.

- Olhe, tu sabes que Maria sempre gostou de Nando.E tu....andaste facilitando as coisas entre os dois.

- Oxe ,cumpadre, e eu num sei disso! Tô querendo num me alembrar.

De repente a viola para de tocar. Bastião vira-se a tempo de ver Nando e Formosa Maria saírem. Seu coração palpita, seu rosto empalidece, suas mãos transpiram-“Danou-se, agora sou corno declarado”-pensa.

Os minutos se arrastam, e nada de Maria e Nando retornarem.Bastião pede mais uma pinga para o compadre Onório que mais uma vez lhe aconselha:

- Bastião, logo, logo, tua Maria estará de volta. A noite é longa...

Assim que compadre Onório acaba de falar o som da viola se faz ouvir outra vez.Bastião se volta e para sua surpresa encontra Maria ao seu lado.

Sorridente a mulata lhe diz:

- Vixe home..que cara é essa!?

Bastião passa as mãos pela sua cintura e indaga:

- Onde tu foi cum Nando?

Maria suspira, passa as mãos pelos cabelos enquanto responde maciamente

- Ora...fui pedir uma música.

Faz-se silêncio por alguns instantes. Pensativo, Bastião prossegue.

- Formosinha....prá pedir uma música tu demorou demais.

A mulata acaricia o rosto de Bastião. Dá uma risada debochada.Após um longo suspiro responde:

- Oxente, home,Nando não sabia a música não .

- Vixe!E daí minha lindinha?

Os olhos verdes de Maria brilham quando ela fala a Bastião:

- Daí home de Deus, é que fui ensiná a música a Nando.

- Maria,foi tempo demais pra ensiná uma música só.

- Oxe,Bastião, a música era grande por demais.

- E Nando, aprendeu?

- Aprendeu direitim.

-Agora deixe de trololó e vamo escutá a música que ensinei a ele, visse?

Bastião se deixa levar pela mulata. Não adianta prolongar essas indagações. Sua consciência, porém, o acusa.Relembra as muitas músicas que ensinou as suas morenas em noites calorosas, regadas por cochichos ousados que lhe causavam prazerosos arrepios.

-” O melhor mermo, - pensa com certo alivio - é que Nando vai embora cedinho, ao raiar do dia....então tudo volta ao normá, sua Maria esquece o bonitão e volta pra seus braços”....Decidido , dá um cheiro ardente no pescoço de Maria embalado pelo canto forte do bonitão da capitá.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Formoso Forró


Formosa Maria se apronta, enche-se de perfume para que seu homem lhe cheire. A quantidade de perfume é tanta que da porta de casa se sente o aroma.

No cabelo coloca um girassol. Sua flor predileta. Grande, poderosa, cheia de luminosidade do Sol.

O batom vermelhíssimo completa a maquiagem carregada de sombra prata e roje cor de rosa.

Seu vestido de chita de cor berrante contrasta com seu visual carregado. Satisfeita,olha-se mais uma vez no espelho, dá uma piscadela marota como a falar para os seus botões:”Estou linda, maravilhosa!”

A sala da pequena casa está repleta. Os candeeiros estão acesos. Bastião toma mais um gole de pinga. A cachaça desce goela abaixo queimando . Seu efeito é instantâneo. O homem pega a sanfona e inicia um xote sacolejante. Os pares iniciam o seu bailar no piso de chão batido. A poeirada sobe, os rostos se colam.Fica difícil visualizar duas pessoas dançando. Estão tão grudados que mais parecem um só.

Uma morena de vestido vermelho chega perto de Bastião. Alisa seu rosto, cochicha em seu ouvido. Ele fica assanhado, sorriso largo, olhar safado.Pensa consigo: “Tentação de morena . Vixe Maria!”

A sanfona chora aliada ao seu canto em homenagem àquela estonteante cor de canela: “Vem morena, vem, vem, me beijar.” “Dá um beijo, nesse beijo me acabar”.

Inesperadamente tudo fica quieto. Há um suspense no ar. Todos se entreolham. A morena tão bem cantada por Bastião some como por encanto.

Formosa Maria entra ofegante. Olha Bastião e lhe fala em tom ameaçador:

- Então, cadê a sirigaita?

Bastião engole seco. Não consegue falar nem olhar Maria.

- Bastiãaaaao, perdeu a língua...foi?

Ele se engasga.

- Formosinha....num tinha muié nenhuma.
- Oxe, pensa que sou besta!

Novo silencio. As pessoas em volta tem até medo de respirar, afinal Formosa Maria é mulher brigona, capoeirista famosa e boa no uso das facas.

Ela observa a todos. Por um momento parece se divertir com o medo estampado na cara daquele povo.Volta-se para Bastião que se esconde atrás da sanfona.

- Bastião Inocêncio de Jesus, o que sou pra tu?

Resabiado, ele lhe responde:

- Tu é minha razão de viver.

Maria ri, mas na mesma hora se volta envaidecida.

- O que mais?
- Tu é linda, cheirosa, muié retada, muié adoráve! Muié forte, corajosa!

Formosa chega perto de Bastião. O homem treme nas bases, não sabe o que fazer, sua vontade é correr , sumir daquele lugar.

- Bastião, cê sabe o que eu quero agora?

O homem baixa a cabeça.

- Bastiãooooo, me aresponda...visse !
- Carma Formosinha, tava pensando?
- Home..e tu pensa, é?
- Penso não Formosinha. Eu sei, tu quer Nando, né?
- Vixe !Ficou inteligente, foi?
- Foi.
- Então home, vá buscar o galego.

Bastião fica quieto. Observa aquela mulata de um metro e oitenta com dois pares de olhos verdes desafiadores.

- Maria...me perdoa.
- Perdoar....num sou muié de perdoar.Ande, vá buscar Nando. Tô mandando.
- Formosinha, Nando não, por favor.

Bastião tem razão em não querer buscar Nando. O galego é o bonitão-doutor da capitá, e arrasta uma asa enorme por Formosa Maria. Meio chateado passa a mão pela cabeça imaginando o tamanho da galhada.

Teria que reverter essa situação. Sua Maria não iria forrozar com Nando. Desesperado, roga a sua amada.

- Formosinha, num fiz nada não. Para com isso . Tu é o meu amor do coração, faço tudo que tu quiser.
- É mermo?
- É.
- Então tu vai ter que falar com a sirigaita que tu tem dono.
- Falo sim.
- Tu vai dizer tombém que eu faço dela picadinho.
-Digo sim.
- E diga que qualquer sinal de traição, tu vai ser premiado com o sumiço do teu necessitado. E home sem isso, num é home.
-Digo sim, Formosinha.
- Oxe home , agora pega a sanfona porque tô doidinha pra balançar o esqueleto. E tem mais , tu vai tocar até a hora que eu quiser...visse?

Bastião pega a sanfona ainda amedrontado. Tem que escolher uma música que agrade Maria. Solta a todos os pulmões uma canção carinhosa.

“Minha morena chegue pra cá, pra dançar xote ,e se deite em meu cangote e pode cochilar. Tu é muié pra home nenhum botá defeito....”.

Todos sorriem aliviados. Graças a Deus o pior não aconteceu.

Mas, está pra nascer o homem que pense sequer em aborrecer Formosa Maria! Eitá mulher tinhosa!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Formoso Bastião.


A sanfona chora noite adentro. Na pequena sala os casais se grudam num gostoso rala coxas, interrompidos apenas por goles afoitos de uma boa aguardente de cana.

A claridade da lua entra pelas janelas num completo encontro de prazer com os enamorados que agradecidos trocam juras de amor eterno.

Bastião não cabe em si de contentamento. Seus dedos passeiam pelas teclas de sua velha sanfona.

Ainda menino aprendera com o pai a tocar o instrumento. Sua sanfona é sua confidente fiel. Companheira de todos os momentos. É dela a culpa de seus deslizes. As morenas gostam de seus acordes. E nosso amigo, claro, aproveita-se do sucesso.

Flor de Maracujá se aproxima toda manhosa. Dá um cheiro no cangote de Bastião que se arrepia:” Eitá coisa cheirosa meu Deus! É bom por demais. Num dá pra resistir.” Fala, enquanto larga a sanfona e retribui o afago a uma de suas florzinhas.

Nosso Bastião é cheio de imaginação. Apelidou suas morenas com nome de flor. Diz ele que todas elas têm cheirinho especial.

Em cada canto que nosso sanfoneiro vai tem uma flor-mulher a sua espera.

Flor de Pitanga parece mansa, mas não gosta de dividir seu home com as outras flor. Aceita a contragosto o envolvimento do safado com Formosa Maria.

Flor de jenipapo é serena, de uma calma que beira a lerdeza. Dizem as más línguas que embuchou de Bastião, mas que só o fato de pensar que a brutamonte da mulé de quem a embuchou iria lhe fazer uma visitinha a fez passar tão mal que resultou na perda da criança.

A fama de valente da matriz de Bastião corre sertão afora. Pois, além de capoeirista famosa, a mulata vive armada com suas facas. E sabe usá-las como ninguém. A mulé é certeira que nem a peste. Pior que qualquer irritaçãozinha, ela arranca tudo fora de quem a irritou. Bastião que se cuide.

A flor predileta de Bastião é flor de mandacaru. A moçinha mal saiu dos cueiros e o conquistador a enlaçou.

A inveja dos companheiros de noitadas de Bastião é uma realidade. Todos queriam uma coisinha daquela para lhes fazer cafuné. Não entendem a sorte do caipirão com as mulheres. Nem tão bonito, o dito cujo é?

Oxe, Bastião nem dá “tento” para o que pensem dele. Gosta mesmo é de aproveitar a vida com suas florzinhas e sua mulé braba, corajosa que faz os home se encantar e ao mesmo tempo se arrepiar de medo.

A sua Formosinha é a verdadeira dona do seu coração. As outras são apenas florzinhas que lhe perfuma as noites enluaradas.

Eitá home sortudo, oxe?

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Formosa Maria



A mulher espreguiça-se com satisfação. Vira-se levemente para o lado a procura do afago matinal do seu companheiro.

-Home de Deus, acorde, quero teu cheirinho.
-Quero dengo meu rei. Onde tu tá, hein? Responde seu desalmado.
- Oxente, o home sumiu !Onde foi tão cedo assim? Olhe, tu num sabe que tem que me dar um cheiro de despedida?
- Oxe, será se esqueceu depois de tanto tempo!
- Num acredito visse? Num é possive um negoço desses?
-Tô com reiva,viu? Vorta aqui diacho e vem me dar um cheiro no cangote.
- Peste de home, será qui sucedeu?
- Bastião Pereira Inocêncio de Jesus e de Todos os Santos tombém, apareça agora.
- Num tô de brincadeira, trasteeee.
- Mais veja só, perdeu o juízo foi?
- Eu vou gritar viu?
-Vou começar. É um, é dois, é dois e dois, é dois mais um bucadinho....

Eis que de repente surge Bastião. Chega ressabiado a esfregar nervosamente as mãos. Seus olhos não conseguem fitar os de Formosa Maria. Sabe que fez coisa errada, devia ter avisado a mulher de seu súbito desaparecimento matinal. Ou será mesmo que foi matinal? Esse Bastião adora pular uma cerca. Mulherengo o safadoooooooo!

- Então, perdeu a língua,foi?
- Psiu, se afrouxou? Tá cum medo di quê?

Bastião sente um calafrio. Conhece muito bem a impulsividade da mulher. Com muito custo responde:

- Formosinha fui pegar uma frô pra ti.
- Frô?? Tá brincanu cum eu ? Ficou doido de vez? Pensa que vou acreditá nessa história?
- Formosinha, é verdade.
- Tu quer couro de novo?

Formosa Maria é capoeirista famosa, e Bastião morre de medo de seus golpes certeiros e arretados.

- Não minha lindinha, meu amorzinho! Carma, carma, hoje não! Hoje é um dia especiá.
- Especiá....???????
- É Formosinha, é o dia que nois se amaziou. Faz um ano , dois dias, e um quarto de hora.
-Oxe é é, eu nem me alembro de tal coisa. Credo, num precisa exagerar, até as horas tu conta?

Formosa Maria sente o coração balançar com o falso romantismo do companheiro. Respira fundo. Observa desconfiada. As fró que ele trás nas mãos tão murcha e sem graça. Resolve acreditar nas intenção do cabra.

- Bastião, esse negoço de frô é bobagem. E essas que tu trouxe tão é murcha, isso foi colhido semana passada,home .Mas deixá isso para lá. Eu quero que tu me dê outra espécie de frô. Afiná de contas sou muié trabaiadeira e amante fogosa pra ocê, todos os dias, num é mermo?

Bastião se achega. Parece menino pidão ao se aninhar nos braços de Formosa Maria. Oh, home desavergonhado, Nossinhôra.

- Oxente home, me dá um cheiro, ande. Tá sem jeito é? Fique não. Vou te dar um trato especiá, viu? Me amacie mais,home.Pule, cante, xingue.Quero tudo com muita semvergonhice, visse ? Vou lhe ser agradecida por essa meu rei! Mas, só vai valer mermo a pena se tu me fizer virar os zoinhos várias vez, entendeu?